Enquanto iamos no carro em direcção a um restaurante "anónimo", eu acordava para a realidade, a minha cabeça estava repleta de questões sem resposta, num dia nada, noutro dia tudo. Porquê eu? Porque é que o Jared me estava a fazer isto tudo, a mim! Com tantas pessoas bonitas, com melhores condições, com o seu nível social, era só olhar em seu redor. Tinha que perceber isso, estava-me a iludir, não queria sofrer no final da história, isto era apenas uma história em que o final pode ser feliz ou triste.
- So Jared, I need to talk with you... - comecei nervosa - It's serious!
- yes, what? Oh my Gosh, are you going to die??? - respondeu-me na brincadeira.
-See, you're always kidding, this is serious! - disse num tom de voz chateada.
- Calm down, Jessica tell me, what do you wanna talk about, hm? - respondeu-me, desta vez mais sério.
- hm, you know... - comecei à espera que ele percebesse.
- ... I know what? - respondeu com ar de baralhado. - What are you talking about?
- Why are you doing me this?
- Doing what?
- Why me? - continuei, eu não lhe queria dizer a palavra "nós" sei que estava a ser precipitada, é claro que não existia um "nós".
Dito isto encostou o carro a berma da estrada, encostou-se ao banco e respirou fundo, saiu do carro e foi a uma casinha que ali havia. Eu fiquei ali, sem saber o que fazer, sozinha a pensar.
O Jared aproximava-se do carro com a mão atrás das costas deu a volta ao carro e abriu-me a porta, baixou-se ficando ao meu altura e tirando as mão de trás das costas diz:
- Do you see this flower? It's like you, beautiful, different of the others, is special... Jessica, you're determinated! - disse-me quase tentando hipnotizar-me com o típico olhar dele - ... you're funny and my friend, so i like spend my time with you... Do you understand now? - perguntou-me, era a melhor coisa e mais sincera que ja me tinham dito até agora, fiquei derretida com as suas palavras e o seu olhar. Não sabia o que dizer...
- Say something, please... - pediu Jared - ... to dramatic?
- No... to Perfect! - Ao dizer isto aproximamos-nos, não ouvia mais nada à minha volta, estava demasiado envolvida naquele momento, até que algo interrompeu, era o meu telemóvel a tocar, com isto afastámos-nos, procurei na minha mala até encontrar o meu telemóvel e atendi:
- Sim mãe... - Ok, estava-se a tornar irritante o facto das chamadas consecutivas da minha mãe, dia após dia, 10 vezes ao dia.
- Sim filha, está tudo bem? - perguntou-me.
- Sim mãe, que horas são aí, já não é tarde? - perguntei - Mãe, fazemos assim, começo eu a ligar, ok? Eu tenho que trabalhar, não posso estar sempre a falar ao telefone contigo, percebes? Ligo-te amanhã está bem?
- Sim filha, desculpa tens razão então depois liga... adeus filha, mandam-te todos beijinhos!
- Adeus mãe, manda beijinhos para todos também!
-Está bem filha, temos saudades tuas! - com isto desligou a chamada.
- Who was it? - perguntou Jared, já do lado do condutor e preparado para arrancar em direcção ao tão misterioso restaurante.
- It was just my...
- Boyfriend? - interrompeu-me Jared.
- Hahahahaha No, I don´t have a boyfriend, it was my mom... - respondi rindo-me.
- haaaa Ok! We´re almost there... - E dizendo isto, virou-se para mim e arregalou-me os olhos numa expressão de gozo.
- Hahahaha, your face... hahahaha now I can´t stop laughting... - ria-me ao assistir às hilariantes caras dele.
- Oh My Lord, your laught... is just... HILARIOUS! - com estas palavras começamos amobos a ter ataques de riso.
Com isto chegamos ao tão famoso e misterioso restaurante.